O nada cinza
A cor parda misturada com o nada cinza do céu
Enfara a estrela mais fosca que teimo a esconder
Reina ela, impera-a longe por mais distorcida que permaneça.
Teima ainda que sua saliva escorra como mel galáctico
Expulsando todo corpo celeste da sua longa sombra
Ela morde o ingênuo céu engolindo seu brilho letal.
Vago espaço turbulento em meio ao silêncio que emana
Um eco, um consolo, uma dádiva e um presente estelar.
Contenta-te com os meteoritos envoltos de sensações explosivas
Um dia cai, ora firma, ora decadente. Enfim ela longe brilha.
27/12/08