Cartas ao luar

terceira carta

querido lu ar

envolto em lágrimas

navegarão nesse canal aquático

os sentidos do beijo.

Principio arquitetural da saudade

em transferências silenciosas,

livres associações constantes

armas formidáveis contra o tédio

mas caro lu ar

através do velho paradigma

sem escapatória

uma grande muralha abriu na minha face

imperial neutro

na conjuntura do silêncio

ansiedade compulsão

das múltiplas palavras

que muita coisa dizem e nada falam

pra que compreenda

as lembranças dos valores

ocultados em nevoas e lodos

lótus em expressões de luta.

E antes que nasça

um novo anoitecer

as curiosidades escravas do diálogo

forjo o reino de baixa resistência

ao nevoeiro das manhãs frias

sob os raios de sol

que te cabem arredios

no distanciamento necessário

a minha analise vulgar.

Triunfo da imaginação

que admirarão as coisas erradas

deixo-te um beijo nos atos de coragem

que virão, pois ainda nos faltam

as telas, os pinceis, as doenças do mimo,

as tintas que riscam o horizonte

e sorrir de aquarelas

na cor da herança sal do tempo,

repleto de lagrimas

que impedem ver as estrelas

com saudades

dou adeus.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 26/01/2009
Código do texto: T1404663
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