Sem Ariadne...

Meus segredos cruzam dentro de mim

Vão por todas as entranhas em vai-e- vem

Dilacerados de dor... Tal fantasma... Além...

Só... Desamparados em ventanias assim...

De dias tempestuosos em garras frias...

De uma masmorra fétida... Sombrias

Almas a gemer a contorcer-se em clamor

Contra um inimigo feroz- um homem sem amor!

E num vácuo profundo fica por horas tais...

Em estreitos braços de visões mortais!

Como romper à aurora da vida se as trevas

Esposam sua luz? Se em ruínas vagueiam

Esses segredos... Gritando por uma palavra

De Jacó ou de Moisés... “Que Deus tenha

Piedade de mim!”, brado do calvário...

Apenas o ruído de meus passos

No labirinto... Sem Ariadne!

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 31/01/2009
Código do texto: T1415439
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