Delírios sonoros
O palco do emoção
Não sabe tecer
O verbo final
O jardim onde
As pétalas caem
esconde os traços
do tempo.
Quebrar o espelho
É prolongar o caminho
De sombras e madrugadas
De excessos e espinhos
Que morrem aos poucos
A cada alvorada.
As cartas da emoção
São talhadas de eternidade
No vão despovoado
Das horas tristes
E se despede
Em aplausos
sem platéia ou verso.
São delírios sonoros
De quem arde em febre.
São Paulo, 11 de Fevereiro 2009.
Jane Krist
Chuva fina na janela. Tarde cinza entre o frio e o saudoso som da chuva.