a sorte ou a morte?

Eu saio calado,bandido banido

pra linha de fundo de um campo do mundo,

Me tranco do lado de fora do tempo,

me invento um rebento

disfarçado e mudo.

A boca da noite apresenta um sorriso

preciso,um quebranto,um pranto sem águas.

Me vejo no avesso de espelhos

Opacos,sem brilhos

sem trilhos,por léguas.

Quisera a quimera bandida

morresse de fome de coisa de homem

que o bicho comeu.

Quem dera essa fera mordida

saltasse do peito

promessa cumprida que desprometeu.

No meu desencanto garanto

que o pranto não dói mais o tanto

que um dia doeu.

Me encontro comigo de novo

nas barbas do povo

na casca do ovo

redoma de um mundo

que agora é só meu...

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 01/03/2009
Reeditado em 05/02/2010
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