da boca se fez ninho

Da boca se fez ninho.

Uma língua querendo voar.

O céu do palatino, as maças da face.

O abismo na garganta, o sopro nas asas, lagrima do mar.

O mergulho no infinito da voz.

O radar da saliva, o nevoeiro, o choro baixo num canto do chuveiro.

A língua esguia planando livre das garras da garganta.

Já era tarde pra onde voltar?

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 07/03/2009
Código do texto: T1473485
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