CONVERSA COMIGO MESMO

Quando durmo

devia sempre me benzer...

mas, quase nunca me lembro...

sou como árvore na noite

balançando ao vento...

quando me deito, me enveneno;

viajo no tempo,

tenho sede de sono:

um sopro só,

me perco na vaidade oculta,

entre o infinito e a

escuridão da noite...

não existo pra mim.

Habito lugares nunca vistos,

caminhos estranhos,

paisagens inéditas,

encontros inesperados,

imagens originais

impressas na vida,

viajando num ponto

minúsculo do pensamento,

ardendo nas cobertas,

emitindo sinais pela calada,

cavalgando embalos

ora representados, ora

percorridos no passado

ao longo do dia.

O sono ressuscita os sonhos!

O sonho,renasce de novo,

ao despertar se perde,

vira mistério!.

Zecar
Enviado por Zecar em 05/05/2005
Código do texto: T14865