Nem as estrelas são para sempre

na fratura da pedra a labuta criativa

o arrimo preciso do martelo em punho

existindo onde não se pode ser pensado

uma parte da vida que não se pode escrita

o desafio semântico terra que sobe ao sol

mofo perfurando a pele rasgando a língua

abrindo feridas em corpo dourado o destino

não importa para onde irá pôr seu olhar

o refinado martelar da mão evidente a jóia

delírio do vidro desmontando verbal do ferro

ludibrio de vida na solitária conversa amiga

canção sobrecarregada no disfarce do eco

passe da mágica do metal ao encantamento

o brilho eterno que qualquer estrela invejaria

jóia que ensina aos futuros a efemeridade

delineada vida pela pilhagem do tempo.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 11/04/2009
Código do texto: T1533106
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