Poesia do fim anunciado-Matamos a nós mesmos.

Ao longo da estrada

avistei a mulher seminua

lânguida, sexy, despudorada

buscando da vida aventura

no sangue negro emoldurada

a morte visível em seu corpo

toda mórbida e enroscada

acenando veementemente

a podre mão ensanguentada

mensageira dos vis acidentes

sorriso macabro entredentes

Todo meu exangue ser tremeu

ao avistar tantas correntes

e muitos fragmentos de gente

no céu a fornalha sol ardente

queimando o asfalto e o chão

Gritei em alto e bom som

acordando o mundo ao redor

e a luz do abajur exibiu

o quarto cheio de suor

onde boiavam troncos de árvores

assassinadas por homens rudes

que desmatam e destroem

A vida humana acabava

ao fim de toda flora e fauna.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/04/2009
Código do texto: T1559272
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