Trópicos de Aquário

Cascatas de luz em espiral

Com olhos de lagoa, ao chão

Servidos de forma parcimonial

Eu e o leão, a águia e o cão

Céu laranja, florestas equinociais

Matas azuis, rasas e gigantes

No carpete da sala de seus pais

Monto ácaros, tal como elefantes

Um belo arco íris como clichê

Informo à lua que não estou mal

Bebo a loucura em forma de saquê

Retiro do sangue o gosto fatal

Cena zero: Caindo no abismo

Sem exclamação, ponto ou trema

mergulho no nada fazendo turismo

Sem risco de estragar o poema

Ricardo Villa Verde
Enviado por Ricardo Villa Verde em 29/04/2009
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