Rompimentos

Fundir-me, ressequir-me, construir-me no vazio;

Fortificar-me no que é movediço, no que derrete, no que não é firme;

Ser o ponto parado à espera de passagem...

Quero perder-me no sol que transpassa a janela e ver a rua sem movimento

Sentir o que tem de ser sentido, sem mesmo ter sequer um sentido!

Sinto-me a alegria brotada do lumiar dos lábios

Aceso como a vida que nasce todos os dias

Largo-me solto ao jardim, sou-me independente

Acerto-me errando: alvo no tiro, culatro-me!

Só para ser-me milésimamente eu, sem traços de paradigmas