Balada do insano

Julgo, enjaulado, que o jogo,

os gestos e os restos, rejeitados,

decapitados e alados, não são consertados,

mas a paz faz e satisfaz,

refaz e jaz, rente a mente, crente,

endoidecida e vivida. Não é a mesma gente.

Logo, o lugar que alugo dá lucro,

lúcido e voraz, voando e vazando,

quebrado e restaurado, no ritmo que vai andando.

Mato o fato feito rato,

num ato, olhando e molhando,

úmido e distante, de forma que só se faz ligando.

Enfim, o refil do rifle

inflacionou o espaço que passo,

limpo e híbrido, num rosto de desgosto no maço.

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 17/06/2009
Código do texto: T1653702
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