CINCO SEGUNDOS...ETERNOS

CINCO SEGUNDOS...ETERNOS

Luz vermelha

Da disparada dor

Cotidiana

Emana

A carência

Sem referência

O sinal vai abrir

“tio, óia o chiclete”.

à bala na mão

não no peito

no trânsito louco

transita a fome

que sujeita o homem

o sinal ta fechado

o coração também

a esperança acelera

fugiu avenida a fora

buzina agita

o peito grita

o som não sai

a fome mastiga

e por aí vai

o vidro ta limpo

sou malabarista e brinco

“tio, me dá”.

cinco...

segundos de atenção ““.

quero quebrar

da algema o elo

evitar o duelo

saí vencedor

na batalha final

ser bem, não mal.

chiclete ofertado

trânsito parado

vidro fechado

fim anunciado

na troca de balas

com todo efeito

não mais na mão

agora no peito

ajoelho e deito.

O semáforo abriu.

Moisés Abilio
Enviado por Moisés Abilio em 28/06/2009
Código do texto: T1671310