DISCURSO DE OCASIÃO

DISCURSO DE OCASIÃO

Morte antes da vida

Necessidade adquirida

Produzida

Nesta louca arremetida

Na escala de produção

Nada

Questiona

As conseqüências da emoção

Quero uma canção

Que fale

Ou se cale

Denuncie

Ou me anuncie

Sou este modelo manufaturado

Sou na esquina da opressão

O negro que nega

E não se apega

A corrida

Presidencial, p r o v i d e n c i a l

Paralela

Balela

Conversa pra boi dormir

Porque letrista acadêmico

Q u e

Não contesta, nem ler as entrelinhas

Não sabe descrever

O viver,

Fecha os olhos

Homo afetividade

Qual é a idade?

Sexualidade

Realidade

Que massacra, mascarando

Saca só

Os ditames ditatoriais

Que flagelam o ser

O que? Pra que?

Quem?

Pode me trazer um sonho novo

Renovo

Onde eu precise não acreditar

Ditar

Opcional, reacional

Mesmo tempo, modo...

Ou mesmo, tipo assim

Não existe escala

Medida social

Então porque tu te calas

Não fala

A não ser quebrando o encanto

Só... Pelos cantos

Doidivano que és

Esvai-se tua opinião. Diz curso

De ocasião é sempre uno

Anual

Opinião,

Onde teu ser se rebela

O revolucionário camuflado

Apela

XXIX encontro em tela

Onde atua em perpasso

Fala tudo sem embaraços

E durante ano

Cala-te

Cruzando os braços.

MOISÉS ABILIO, POETA, TEATRÓLOGO, JORNALISTA, MEMBRO DA ACADEMIA PEDREIRENSE DE LETRAS. ALUNO DO 5º PERIODO DE LETRAS DA FAESF – PEDREIRAS MA.

(Esta poesia foi feita em Belém do Pará durante o XXIX ENEL – ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE LETRAS - no restaurante vadião).

Moisés Abilio
Enviado por Moisés Abilio em 02/07/2009
Código do texto: T1678120