Eternamente efemero

Como descrever uma sensação, se não se sabe o que sente. Se disser que se está infeliz não é verdade, e se disser que não se sofre, então mente. É um misto de medo e prazer, culpa e satisfação, que confundem, impedindo de cumprir o dever, a ponto de se rejeitar as obrigações de mulher – mas qual seria essa regra e mais: quem é essa mulher desconhecida, onde está sua vida? É uma megera que não concilia seus sentimentos antagônicos, obra, talvez, de demônios, seus anjos ocultos, de olhos platônicos, ou, apenas hormônios – nesse caso não a culpo... então perde-se no espaço e no tempo, em seus sonhos efêmeros, que se vão com o vento e, se deixa usar em paixões surreais, pelos brutos, que buscam satisfações materiais!!!!

Quer ser eterna. Quer ver mais do que deseja. Quer amor de verdade – em toda sua plenitude, sem herança materna; amor em forma de olhar com gosto de beijo, amor de outro planeta. É uma alienígena, com outras atitudes, num lugar “careta”, onde velhos são apenas velhos e seus corações também são velhos e endurecidos. Lá onde vive seus desejos, o corpo envelhece, mas o coração, à medida que aprende, rejuvenesce - nesse ponto surge o conflito: ama-se mais, de um jeito infinito, que não vê-se idade ou status, e entrega-se de fato desafiando as amarras da lei e da boa conduta ... Ah é apenas uma mulher proletária, filha da ... luta, numa dura disputa diária!!!!

Lisa - 30.06.09

LISA MANTOV
Enviado por LISA MANTOV em 02/07/2009
Reeditado em 04/07/2009
Código do texto: T1679395
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