AS DUAS FACES DO MAR



O mar com seu rugido, de vagas procelosas. Oceano temível
Com esta voz de trovão que o céu abala, quando com raiva.
Chegando a superfícies, arrebentando em ondas que correm,
Floridas e plácidas em brancas espumas; quando com calma.

Contra os rochedos, escuto seu eco em horrenda tormenta,
Como um açoite feroz, quando sobre te corre veloz o vento,
Como uma cama perigosa se eriça com furor em breve tempo,
Mas, na calada da noite, teu chão tinge de azul, igual ao firmamento.

Imagem do infinito, majestoso, mais forte do que tu não há,
Entre os céus e a terra descansa quando a brisa te joga suave na areia,
Desconhecendo o temor, o espaço e o tempo; és morte, és vida,
No vai e vem das tuas marés e no cantar da tua sereia.

SALVADOR. 12/07/09.
DOCE VAL.