A borboleta
Havia uma vontade, um desejo.
Um estrondo entre o espaço e o tempo
Eu estava parado e rodando ao mesmo instante
Eu queria chorar, mas minhas lagrimas secaram.
Eu queria sentir, mas meu coração era pálido.
Sentimentos contrários me afagavam
Aconchego, amor e ilusão.
Eu ficava no meio, no meio que não transbordava.
Entre a cruz e a espada, eu escolhia o escudo.
Proteger-me não era o objetivo
Eu apenas não sabia escolher...
Cantarolava, dançava e brincava.
Por dentro estava apodrecido
“Não escondam minha máscara”
Não quero transparecer o que sou...
Sou louco, vago, estranho, insensato.
Não falo o que penso e fico aprisionado
Não sinto o que quero e fico magoado
Não faço o que quero e fico aleijado
Vi o bater das asas, simples, fácil.
Enquanto eu? Estava parado
Ela entrou em minha boca
E o seu fim dentro de mim se enfeitou