As pernas
Eis a calamidade de minhas pernas
Que não voa nem anda mais
Quem é que te levas pernas?
Se não eu, teu dono?
Tu queres contra eu reagir?
Vós sois grandes, mas sou que te mando.
Tu és minha serva, e não obedece ao meu comando?
O que foi que vós vistes pernas?
Ou sou eu que não tenho mais cérebro pra te dominar
E é assim perna? Eu saio e vem outro em meu lugar?
E ai tu vais a me carregar pra onde outro te manda?
O que sou eu que mais de uma caraça?
A arte é o caos, mas não precisas me matar.
Oh pernas volta pra mim...
Vem que eu te quero, caminhemos contra o céu.
Com nossa singela ligação
Prometo que esqueço que tenho coração
Se tu me levar em consideração
Tenho eu só vocês duas
Não posso transplantar
Mas não queira e nem faça perna
Eu me magoar
Eu só queria que não levassem minhas pernas
Para eu poder andar...