A COR DAS APARENCIAS

De ti eu tirei a cor dos meus sonhos

E manuseando teu corpo peguei um poema,

Que já estava escrito, apenas esperando ser colhido.

Dormir no olhar inocente do teu sorriso branco,

Despetalando, meu destino em tua estufa dentro do peito,

Mirei o caminho do teu aroma no ar e me guiei

Sentindo a profundeza da tua alma em minha mente.

E fui delineando escritas na areia branca do pensar,

Refrigerando-me apenas do teu ego.

Bem ti vi em formas como eu queria,

Sugando no horizonte o ultimo resto de ar despoluído.

Que a humanidade deixara passar.

Mesclado às tintas púrpuras e doiradas

Que se derramaram de uma tabua de pintura.

Quero agora te entregar a paixão

Que tu colocou em meu destino, o acorrentando

Quero que teu nome, não me de mais calafrios.

Quero que minha depressão passe com este estio.

Como chuva fininha salpicando o rosto,

Deste amor apaixonado que vive rindo a toa.

Salvador, 09/09/10

Barret.