Oh vida minha

O que fizeram contigo?

Tu estás magoada, sentida e dilacerada.

Não fiques triste comigo

Eu nada fizera para ti

Abundantes são as fezes no banheiro

Abundantes são nossas vidas na podridão

As nádegas ficam caladas vendo tudo

E se escondendo no banheiro

Eu fico calado vendo tudo e escondendo-me em minha cabeça

Sinto batidas fortes, no opaco cérebro que tem aqui dentro.

Tenho e como tenho percepções inválidas.

Medíocres são os meus sentimentos destruídos

Falsos são os meus pensamentos

Ágil é o troféu do desespero

A mente do poeta gira e gira

A face do poeta se transforma a cada palavra

E a cada crase se desfaz

Como as flores no outono

Como os loucos nos manicômios

Deus este ser metafísico afogou-me em minhas ilusões

Usou como desculpa minha face em discussão

Ah... Quem sou eu? Um pobre cidadão?

Ton Dourado
Enviado por Ton Dourado em 25/06/2006
Código do texto: T181976