Oh vida minha
O que fizeram contigo?
Tu estás magoada, sentida e dilacerada.
Não fiques triste comigo
Eu nada fizera para ti
Abundantes são as fezes no banheiro
Abundantes são nossas vidas na podridão
As nádegas ficam caladas vendo tudo
E se escondendo no banheiro
Eu fico calado vendo tudo e escondendo-me em minha cabeça
Sinto batidas fortes, no opaco cérebro que tem aqui dentro.
Tenho e como tenho percepções inválidas.
Medíocres são os meus sentimentos destruídos
Falsos são os meus pensamentos
Ágil é o troféu do desespero
A mente do poeta gira e gira
A face do poeta se transforma a cada palavra
E a cada crase se desfaz
Como as flores no outono
Como os loucos nos manicômios
Deus este ser metafísico afogou-me em minhas ilusões
Usou como desculpa minha face em discussão
Ah... Quem sou eu? Um pobre cidadão?