o inverno da existência

É a hora certa de morrer na esquina

Num parque já florido, ainda inverno

A demência, a preguiça, a sonolência

A vida tão assim esvaziada e vadia

De certo sem acerto ou mais conserto

Sem pressa de alcançar a primavera

Sem paciência de esperar o verão

Dividida, canceladas todas as saídas.

Queda inesperada, sem volta por cima