Desgosto
A inspiração se intensificou
O modo de escrever mudou
A sátira já se tornou normal
Não quero, não mais, nem tudo nem nada.
Nem direita, nem esquerda.
E sim o centro
Não quero ficar desalento, muito menos no relento.
Assim dizia o vento
Que tanto ver e tanto viaja
Andando ou correndo como o vento
Chorando ou morrendo como o tempo
A pele dilacerando
O vento me abatendo
O cérebro excomungado
No furacão das articulações
A insônia é minha opção
O momento de isolação
Calculo, lógica e imaginação.
Juntaram-se e se transformaram
Em vértebras alineóticas
O terceiro olho foi criado
As pessoas tiveram medo
Daquilo que chamam conhecimento
Preferiram optar pela combustão do sofrimento
Que morram com seus desgostos
Que mais parecem fezes no esgoto
E desculpem-me pelos esporros
Cada um tem seu jeito e seu gosto