Nascido para o nada
Sem um amanhã
A noite o escolheu
No rosto que poderíamos ver esperanças,
Apenas lágrimas
Poucos suportariam
O despedaçar de seu coração
Um coração que há muito morreu
Horas e dias, jogados fora
Um manto de misérias
Para cobrir seu olhar
De ergástulos a infernos do destino
Assim tem sido sua triste vida
Assim permanece sua fatalidade
Quão longe pode a desgraça ir!
O que poderia passar por seus pensamentos?!
O mundo o esqueceu
Como canibais, arrancaram suas vísceras
E cuspiram sua cara
Lençóis de papel
Pesadelo e escuridão
Mais uma alma
Que as trevas agraciam
Mais um sorriso do demônio
Nascido para o nada