Nascido para o nada

Sem um amanhã

A noite o escolheu

No rosto que poderíamos ver esperanças,

Apenas lágrimas

Poucos suportariam

O despedaçar de seu coração

Um coração que há muito morreu

Horas e dias, jogados fora

Um manto de misérias

Para cobrir seu olhar

De ergástulos a infernos do destino

Assim tem sido sua triste vida

Assim permanece sua fatalidade

Quão longe pode a desgraça ir!

O que poderia passar por seus pensamentos?!

O mundo o esqueceu

Como canibais, arrancaram suas vísceras

E cuspiram sua cara

Lençóis de papel

Pesadelo e escuridão

Mais uma alma

Que as trevas agraciam

Mais um sorriso do demônio

Nascido para o nada

Fabio Roberto Soares Mota
Enviado por Fabio Roberto Soares Mota em 27/10/2009
Reeditado em 17/02/2012
Código do texto: T1890181