Anjo sem asas

Rasga-me a pele em silenciosas feridas

Perfura-a doce animal

Alimenta-te do meu sangue,da minha carne!

Morde-me com teus dentes

Penetre-me os musculos e dilacere-me o corpo

Oh,querido diabo acaba-te com estas vestes da minh'alma

Leve-me a região da profunda escuridão

Ao local que sempre pertenci

Pobre diabo sou eu,

Distante e perdido num mundo que não é seu

Posto numa pele que não lhe pertence.

Fiz estragos,como um satanás que sou

Não soube amar,

Não soube ser gentil.

Oh meu pai de infernais mundos

Cure as feridas que fiz nesta terra e arrebate-me pro teu maldito lar!

Corte-me os pulsos,a garganta

Suicide-me!

Oh,pobre diabo sou

Que nem filho do seu pai soube ser!

Renegado,amaldiçoado

Por onde passas acarretas dor

Por onde pisas traz lágrimas!

Oh as marcas ardem

Feridas a qualquer custo feitas.

Mente demoniaca,mente pertubada

Ah,sentimentos além da medida.

Filho de quem sou?

Filho de quem fui?

Vôo para longe de mim

Das minhas errantes lembranças

Anjo sem luz,sem graça

Anjo caído e perdido...

Borboleta aprendiz
Enviado por Borboleta aprendiz em 01/11/2009
Código do texto: T1899420
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