Papiros da desordem

O que me adentrou pela fresta

Que não sabia existir

Inundou-me feito tempestade

Aguou minha segurança

Que tinha como concreta

Afogou minhas certezas

Naufragando-me em dúvidas

Desandou minhas direções

Confundiu minhas estações

Arrebentou minhas comportas tão perfeitas

Abalou as estruturas de incertas certezas

Tudo tão fora do lugar!

Perco-me agora nas horas do dia

O tempo me consome em toques

Consagro em papiros minha desordem