Vazio

Meu braço de mar secou.

Exibindo ossos ressequidos

Do banco de areia branca

E conchas emaranhadas.

O vazio tomou conta da margem

E também do leito nu

Onde agora se deita o céu,

Onde restou do mar o azul.

A vida se esvaiu em silêncio,

Descendo margem a dentro,

Deixando lembranças de fora

Na vazante de mim.

Alex Dumal
Enviado por Alex Dumal em 15/07/2006
Reeditado em 12/09/2008
Código do texto: T194372
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