TANTAS

De tanto saber-me tantas

Não sei quantas almas tenho

Há umas que me acompanham

Outras se vão quando eu venho

Queria saber com que alma choro

Para abraçá-la e fazê-la ri

Mas sou tantas que nem me olho

E se me olho não estou aqui.

De tanto ser tantas

Eu não sei quem sou...

Estou em mim e sou estranha

Sou alma sem corpo condutor

E por todas eu vivo

Sem nunca me ter

Se não vivo, eu arrisco

Corro todos os riscos

Pra não deixá-las morrer

Ivone Alves SOL