Gotas góticas

Gotas góticas

Há luz, alucinação.

A luz, sina e ação.

Vizinha morte que vem sem corte.

Sem montagens, sem rumo e sem

norte.

Melancolia sórdida e suave, sua ave

é de rapina.

Suas garras matam as meninas dos

olhos dos vivos que realmente vêem.

Esvazia na arte de cumprir sua parte.

E quem parte e some no ar.

Talvez carcomido de vermes ou virem

cinzas no mar.

Faz a festa sem sêmen no pátio do

cemitério.

Povoam nas mentes mais curiosas a

explicação pra tal condenação.

O fato existe e o escuro também.

Veremos um dia à morte invadir.

Somente mortos que saberemos

se devemos sorrir.

O NOVO POETA. (W.Marques).