Morte
Morte
Vislumbra a penumbra acortinada de seres
com outros prazeres.
Flácidos de fé comum instalada por meros
e velhos afazeres.
A morte é mais simples do que parece e a
passagem dolorosa é prazer para uns que
acha isso um tórpido normal.
Escurece por que a luz já cumpriu seu papel.
Se for breu e não céu é nu e cru.
Um crucificado papel de atores urbanos que
por ser assim é percebido.
Macabra sem cabrito imolado ou qualquer
sacrifício pré-escolhido.
É Moisés da era futura, uma flor que não
murcha e não é insegura.
Aturdido de insensatez leviana e não leve
a Ana caçada.
Mate a Maria sem dona e não imaculada.
Olhe o diabo e dê risada.
Vista o paletó de madeira e fique sem ar ou
se decomponha de qualquer jeito.
Morra de ri da falta de escolha e diz: eu aceito.
O NOVO POETA. (W.Marques).