DIANTE DO ESPELHO
Sou princípio e sou fim.
Alfa e ômega.
Sou ave Fênex
Que a cada dia renasce das cinzas.
Estou na solidão,
Acompanhada de muitas solidões.
Mesmo parecendo estranho,
Meu sangue é o produto da ressaca,
Lançada por todos os mares.
Nem sequer posso te dizer
Que estou presente em minhas contradições.
Nasci em mil pedaços,
Como imagem fragmentada,
Dividida em multi-cores.
Permita-me afirmar:
- Te deixo fora do contexto,
Onde escrevo estas linhas diferentes,
Pois a imagem que vejo no espelho,
É a minha própria cara!