DIANTE DO ESPELHO

Sou princípio e sou fim.

Alfa e ômega.

Sou ave Fênex

Que a cada dia renasce das cinzas.

Estou na solidão,

Acompanhada de muitas solidões.

Mesmo parecendo estranho,

Meu sangue é o produto da ressaca,

Lançada por todos os mares.

Nem sequer posso te dizer

Que estou presente em minhas contradições.

Nasci em mil pedaços,

Como imagem fragmentada,

Dividida em multi-cores.

Permita-me afirmar:

- Te deixo fora do contexto,

Onde escrevo estas linhas diferentes,

Pois a imagem que vejo no espelho,

É a minha própria cara!

Ayla Alvim de Paiva
Enviado por Ayla Alvim de Paiva em 01/08/2006
Código do texto: T207110