Berros d'alma...

Em vão grita a alma expatriada

De um corpo mudo em filosofia

Sonhava ser, alma lavada

Vislumbrou, sequer, uma bacia.

Molhou-se em puras lágrimas, apenas

Vertidas dos olhos da fantasia

Palhaça dos encantos de arenas

Montadas na praça da euforia.

Berra o desencanto dos perdidos

Que olham o horizonte a cada dia

Buscando a estrela dos escolhidos

E desfrutar de sua galhardia.

Não vê nenhum acaso à sua volta

É tudo realidade e tirania

Segue andando a esmo, à solta

Sempre entoando a gritaria...