Verteu o flanco na tramela,
Rompeu a fronte da gelosia.
Zurrou bem na janela.
 
Vindo no hálito de onde ia.
Pastou elos psicodélicos,
Bebeu água na bacia.
 
Trotou indômito contra o vento,
Era espanto de uma época,
Foi intervalo no tempo.
 
Jumento! Não desejes tanto.
O que lhe coube foi desdita,
Sortilégio do engano.
 
O jegue aleatório assim venceu.
Espirrou e se escafedeu,
Verborrágico e colérico; morreu.
 
Escorreu em morte crua e sibilina.
Muitos ais entre os jornais,
Lamurias em embornais.
 
Doeu mais entrando e, entretanto;
Entrou para os anais.
Entre morins forrou-se; vá em paz!
 
 
 


Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 08/02/2010
Reeditado em 08/02/2010
Código do texto: T2075975