Do alto da montanha
Eu enxergo os sinais muito longe
dizem eles que arrisco te perder
sou eu, não outro quem responde
“existe rival que vá me vencer?”
da anunciada tormenta, o lamento
no cálido abandono a paz perderia
se perdesse do amor o único alento
e só restasse justa razão de histeria
mui terno é meu coração de monge
onde só a estrela azul pode arder
confessor que os segredos esconde
taça de vinho tão prestes a verter
amor tão belo, em mudo isolamento
é tesouro sem dono, vil loteria
alegria deixada só em testamento
não existe, quem um dia teria?