Disfarce

Das minhas poesias ninguém sabe

Quando escrevo não sou mais eu

Da sutil teia que mal se percebe

Só eu sei com que força se teceu

Não reclamo o ouro que me cabe

Nem me vejo eterno num museu

De medo que a vida se acabe

Só sabe o que é, depois que morreu.

Espera-se que o ego um dia desabe

e volte ao que era , nu como nasceu

Nada que valha de graça se recebe

De fato merece o que chama de seu?

Alhosal
Enviado por Alhosal em 04/03/2010
Código do texto: T2120653
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