Disfarce
Das minhas poesias ninguém sabe
Quando escrevo não sou mais eu
Da sutil teia que mal se percebe
Só eu sei com que força se teceu
Não reclamo o ouro que me cabe
Nem me vejo eterno num museu
De medo que a vida se acabe
Só sabe o que é, depois que morreu.
Espera-se que o ego um dia desabe
e volte ao que era , nu como nasceu
Nada que valha de graça se recebe
De fato merece o que chama de seu?