Som vozes....


Porque ouço piano, sorrido desenganos
Trazem-me luas novas, ridas sinfonias.
De dedos longos, mãos macias cânones
envolvendo ambiente florindo poesias...

Neste ocaso que desponta alegremente
esvoaçando as nuvens, soprano encanto
notas doces, embalando luar envolvente. 
voz  contralto dos astros estrelado canto...

Que empresta  maré, a sonora dançarina
soprada aragem, valsada na tona aquosa.
Louvando as espumas, vestem a bailarina.
Engalana num solo, terna ventura amorosa...


Translúcida placidez do luar, matizados
que contentam areia. Assistem docemente,
invejado amor cristalino e transparente.
Oriundas bênçãos, tons e sons cruzados ...

Refeita harmonia do poeta sonhador guia!
Regida existência, orquestra que rogou,
a saudade e os versos que o amor doou.
Nos palcos da lida, ofertada nota mestria...

Na batuta alegria, violinos do prazer vindo
clarins a beleza, no sax o destino indo.
A buscar bons fluidos e ofertá-los ao sol,
um solo dançado da brisa, pois sou arbol!

Preciso da noite, expiando espetáculo meu!
Pois no sol flamejante, sei quem sou eu,
sento-me ao piano, agradeço a vida que deu ,
sonatas  SOM  VOZES , ecos em vigília Orfeu! !

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
10/8/2006
 


PARTITURA DO VENTO 

SI, no lamento Rasga a partitura do vento. 
Sinfônicas estreladas, Tangem harpas angelicais, 
Nas notas harmônicas, Sincronismo, na flauta de Pan! 
Ao som grave, das cordas do violoncelo, 
Mesclam-se, notas penetrantes do oboé. 
Na serenata, em saudação, Entes da natureza...
em reverencia sutil... 

Nadir A D’Onofrio
11/08/2007 
21h09 Santos SP 

Bênçãos poetisa!


...Acordos impressos na partitura do vento
O canto estrelado dos astros
Lendo a noite estrelada nossos acordes
na voz do contralto, embala o luar
na flauta tristeza, na harpa acordada lamento
envolvente com doce notas ao vento,
violoncelo vazio, o oboé soluça jazem odes
que no acaso desponta em solo soprano
“LESTADA,” esvoaçando as nuvens
trazendo o encanto do bom tempo.
.... 

Vincent Benedicto
 em 11/08/2006 

À POETISA DO VENTO!

som, vozes, ideias...
«impressos na partitura do vento»

lendo os teus versos
lentamente versos vêm

«o oboé soluça, jazem odes...»
no bailado duma fada!

(imaginada em imagem real)


Francisco Coimbra
15/8/2006


Clave de Dó...

Silêncio em meu tímpano! Concentram-se o cerebelo e a aorta prostada de encantos. Lá vem ela! Surge o vento, embolam-se folhas marrons caídas de uma amendoeira anciã juntamente com outras oriundas de um cético cajueiro; árvores mães que a toda cena, do altar de suas copas, assistem, aprovam e gotejam esperanças no peito criança de um menino seduzido pela poesia-Deusa que revoa, xispa e uiva no ar.
Ei-la de volta...EIIIA, “Deusa do Vento ! “ Eis que a Deusa em vocalize atinge a veia do meio desse cativo peito fã; um imã atraindo por sobre as colinas, as alamedas, tanto mar... Por sobre cordilheiras, provocando, subindo arfante um “morro calvo”, desviando-se de Barreiras de Infernos que jamais enfeiam esse sorriso índio, lindo, doce, santo, rimado e poeta.
Ei-la, sonata em Dó Maior...EIIIA, “Deusa do Vento! Ei-la sonata para clarinetes, ataques de clarins, rufares dobrados por coro de vozes de lavadeiras em uníssino, acordeon sertanejo choroso. Sonata cabocla, como és linda, como és lida para o ócio da minha solidão, novo arco-iris és, tida em meu coração, como é bem recebido pela doce flora, pelas amoras, pelas flores e pelos cajueiros velhos da minha alma alva, ébana, de fã-amor cristão”. Pssss! Se aquiete, mundo. E ouça o despertar dela...Sonata em Dó Maior!

Alvíssaras, Poetisa. Alvíssaras!
Tony Guedes
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/213944




Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 10/08/2006
Reeditado em 15/08/2006
Código do texto: T213339