Filhos do Universo.

Criticam-me, julgam-me, eu deixo.

Porque quero que sintam-se perfeitos,

como uma Vênus, como Zeus.

Afinal, se são filhas de Zeus

O que posso fazer?

Quem sabe?

Quem saberá?

São filhas de Zeus.

Que veio me visitar infinitas vezes,

Infinitas vezes, na solidão do por-do-sol

As nuvens

Ah! as nuvens me traziam você

E fazíamos amor

Como fizemos.

Não há nada que se possa comparar

Nada.

O sol brilhava como nunca

e o dia estava quente.

O sol brilhava

Não sei como,

de que forma, com que forma,

você veio,

mas veio, de forma bela

E deitou-se a meu lado

Gentil, meio homem, meio mulher.

Mas era belo, muito belo.

E eu, simples mortal.

Mortal.

Senti-me eterna

Como eterna sou,

por você, meu Zeus.

E por você, a cada dia,

ensolarado ou não.

Sou assim,

do jeito que sou

e olho para o céu, infinito céu.

Zeus, Zeus, jamais abandonará,

Vênus e Afrodite.

E eu talvez

que todos os dias

olho para o céu

Só para ver Zeus

Que tenha sua graça.

Regina Martins Vita
Enviado por Regina Martins Vita em 18/03/2010
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