Tempero Mórbido

Filho da noite,

Tuas mãos estão feridas

Pelo odor da carnificina

Espalhada pelos açoites.

Teu corpo parece branco,

Está opaco, sem luz...

Que cadáver te seduz?

Nomeia teu pranto!

Tua alma está flagelada,

Está carcomida pelos vermes

Que saboreiam tua carne...

Os urubus estão na estrada,

Carregam em seus bicos os germes

Que darão tempero à tua arte!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 06/04/2010
Código do texto: T2181116
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