Elvira, a louca
Ultraje!! Os baldes!!
(gritava Elvira)
caem sem qualquer demora!!!
E brincava Elvira no meio dos lilases
e não se aborrecia azul qualquer que fosse o dia
Então revia a água que caía
nas mãos dadas sem se por a par
Gritava Elvira:
Goma de mascar!
Barra de chocolate!!
Leite
veneno e ácido!!!
Chovendo como chove as luas logo cairão para ficarem todas nos lagos
pântanos e, Deus, para ficarem nos meus lábios!
Elvira, a louca
se perdendo em nuvens
Elvira nuvens
constelando-se em chuva
gota à gota
nos seus baldes
gotejando
E pensava Elvira:
A cura para as curvas chuvas
as várias verdades inda verdes
caindo no chão de cara lavada
a cara branca e tonta
Ora, bolas!!! nas cartolas e carteiras tristes!!!