A voz da poesia

Ninguém me ouve, ninguém manifesta

Ao que falo, todos se calam. A unanimidade

Do silêncio me preocupa, faz-me sentir

Um inútil, uma imprestável, um nada.

Escrita sou princesa ou rainha da verdade

Ou da mentira, um antro de imbecilidade

Ou será que sou só palavras ao vento?

Como toda poema, busco nos versos

Soluções, verdades e correções

No que há de melhor para a humanidade.

É-se um péssimo artista quando a arte

O púbico não aplaude. É-se um João-ninguém

Um demérito, um desapreciado em busca do bem.

É preciso ouvir a arte e o artista,

Esse último e irrelevante, pode ser esquecido

Mas para que a obra tenha continuidade

Arte e o artista precisam ser ouvidos.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 25/04/2010
Reeditado em 26/04/2010
Código do texto: T2219296
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