INTERAÇÃO VIRTUAL
 
Por quê...
Tu me deixas assim tão solta?
Sentes o que eu sinto?
Ou não passa apenas...
De um delírio, imaginário meu?
Mas...não havia sentimento assim...
Em mim...
Há um mês que já se foi...
 
Bem...Bem...
À distância é fera!
Escuta o que te peço...
Fica de pé...
O que já combinamos...
Franqueza acima de tudo!
Bem sei...
Exercício difícil...
Nos dias atuais...
De tantas ofertas virtuais...
Mas como se diz no popular...
O tempo é o Senhor da Razão!
 
Amor meu...
Não gosto de sentir-me...
Solta assim...
Tanto faz...como tanto fez...
A candeia esfria...
O Fogo apaga...
Sou movida a chama...
A paixão!
Senão...
Prefiro a solidão...
Da noite acolhedora e vazia...
Ou, navegar para outros mares então...
Nesta dilatada imensidão...
 
Pois...
Já conheço o Conto...
De ter e não ter um Amor...
Os passos desse caminho...
Conheço de cor...
Para mim...
Nunca mais essa dor...
 
Quero Ser para o meu amado...
A musa inspiradora...
O facho de luz...
A clarear sua estrada...
Para isso necessito apenas...
Sentir-me amada!
 
Amor volúvel...
Não correspondido...
É melhor que se desfaça...
Sem amarra...
Nada de farsa...
Pois amar é cuidar!

Por isso este poema...
De despedida...
E aqui vai uma reflexão:
O enamoramento...
Por um parceiro distante...
Proibido...
Plastifica...
Uma escolha ambivalente...
Que nos revela Desejos...
E impedimentos vários...
Na interdição de realizá-los...
 
Acaso...
Abaixo das evidências...
Carregamos conflitos sistêmicos...
Que gritam contingentes...
Aos continentes do mundo...
Anseios soterrados?


Alice Pinto
08/06/2010
 
Primeiro lugar no concurso da categoria Poemas
Virtuais, realizado no espaço Cultural  do  Centro
de Vivência da Juventude,  Vitória-ES
Em 02/05/2010
escribalice
Enviado por escribalice em 08/05/2010
Reeditado em 08/05/2010
Código do texto: T2243835
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