MINHA SEDE

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Não é de água a minha sede...

Minha língua pede sua saliva

E a pele clama pelo seus dedos

Desenhando minha geografia

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Meus ouvidos ensurdeceram

Sem suas palavras de amor

E os olhos já nada enxergam

Fora o vácuo do canto nosso

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Não é de água a minha sede...

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E esse deserto escaldante

Que consome os meus dias

Somente será amenizado

Quando eu beber a sua boca

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(Lena Ferreira)