Lawen, meu anjo!

Dama de negros cachos, oh, Lawen...vejo-a caminhar.

Desliza sob relva orvalhada, fita em espelho d’água.

Observo cada detalhe deste futuro diante de mim.

Olhos azuis intensos, esguia, lábios tão finos.

Meus pensamentos se embaraçam em suas vestes.

A brisa é tão calma e meu coração tão impaciente.

A li nas entrelinhas de um errante, talvez seu amante.

Descrevia a ti com clareza e doçura...apaixonei-me de fato,

Porém, a mim não reconhece neste bosque imaginário.

E por infinitas vezes venho vê-la, num ritual sagrado.

Já não sei se estarei neste devaneio ou neste anseio,

Se sonho for, quero acordar somente, se de seu lado...ficar.

Alecxander Christian L.