O urubu.

O URUBU.

Dessa janela e sem tu.

A alma em Tambaú.

Numa lufada de ar quente.

Um urubu segue em frente.

Planando tão soberano.

Como um aeroplano.

Um rei ou uma rainha.

Sob o sol ou da lua.

Sarcoramphus papa corpos.

Da família Cartmtidae.

De Zona tão tropicais.

Ou semi tão tropicais.

No México ou na Argentina.

De caça tão proibida.

O podre todo elimina.

Nosso ambiente higieniza.

Urubu papa doenças.

Elimina epidemias.

De seus mortos agonizantes.

Pelas noites pelos dias.

Pelado, da cabeça ao pescoço.

Tão vermelho alaranjado.

Claro-amarelo na parte superior.

Asas, caudas negras; um temor.

Sua plumagem escura.

Dois metros de envergadura.

São quatro quilos a plainar.

E mais pesado que o ar.

Sem predador natural.

Um caso raro nos céus.

Farejador incansável.

De uma carcaça ao léu.

Urubatinga, Urubu branco.

Urububixá, Imburubixá.

Corvo branco, Urubu real.

Sob a chuva sob o sol.

Cabeça de bico forte.

Pode rasgar um cavalo.

Amigo só de necrogafos.

Alimento podre e farto.

O rei come primeiro.

Outros esperam a sobra.

E mui respeitosamente.

Deixa-lhes a densa carcaça.

Feliz e já saciado.

E no cumprir do dever.

Volta ao ninho tão raro.

Que o bicho homem não vê.

...Dessa janela sem tu.

Olhando o voô urubu,

O canto do passarinho.

me torna urubuzinho...

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 31/07/2010
Reeditado em 23/11/2013
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