SÚBITO MOMENTO
Berço que balança,
Embala o sono...
Dorme....vagueia
Pelo espaço dos sonhos...
Dorme...dorme...sem parar
Berço a valsar
Carregando consigo o seu pesar.
Pela janela o brilho se faz tardar
Noite escura com a lua
No alto a espiar
E o berço a ninar...
Pelo vazio das horas.
O tique e taque do relógio se faz passar
Como espanto de doze horas se faz contar
Num súbito momento
O berço a respirar carrega em si
Plumas pelo ar
Movimenta-se para um lado...
Movimenta-se para o outro...
E no virar do tempo o rebento se põe a reclamar
Alvos e macios braços envolvem o berço
Agora, o embalo é mais doce...mais calmo...
Quente...perfumado
O deleite desse regaço
Torna-se remanso ao som da suave
Melodia
Chegam-se às horas, a melodia,o sono...
E o sono...e o sono...som...sonho...sonho...
Sombra...acorde!!