Concha de Veludo
 
O poeta se apercebe de si;
Quando contempla o mundo;
Encaracolando um labirinto;
Em conchas de veludo.
 
É molusco na úmida relva;
Disputando sol e sombra;
Camaleão em densa selva;
Feroz leão que ronda.
 
Com verdes galhos abraça;
A teia complexa da vida;
É ponte para a velha barcaça;
Na tempestade que se aproxima.
 
E com gotas de orvalho celeste;
Peroladas pelo arco- iris;
Pinta um destino silvestre;
Provedor de nossos víveres.
                  ACCO
Foca
Enviado por Foca em 20/09/2010
Código do texto: T2509214
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