Voltando ao Infinito

Eu devo ter sido um homem do mar

Talvez um ser marinho da profundeza

Monstro que sereia alguma possa domar

Uma vida toda ao sabor da correnteza

Um minuto passado no universo

É o tempo que leva a onda a se formar

E do orgulhoso continente submerso

Apenas memórias, levadas pelo mar

O mar tem as memórias, eu tenho o mar

Infinita dúvida na alma que mergulha

Quando vê a luz do dia a se deformar

Se vive o náufrago, do mar se orgulha

Ah! O universo é tempo e o mar é vida

Aiwass guarda as portas que os ligam

A energia viajante que chega é refletida

Os sabores das chuvas às vinhas irrigam

E é por isso que no vinho a verdade reside

Alhosal
Enviado por Alhosal em 07/11/2010
Reeditado em 18/12/2011
Código do texto: T2602163
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