Voltando ao Infinito
Eu devo ter sido um homem do mar
Talvez um ser marinho da profundeza
Monstro que sereia alguma possa domar
Uma vida toda ao sabor da correnteza
Um minuto passado no universo
É o tempo que leva a onda a se formar
E do orgulhoso continente submerso
Apenas memórias, levadas pelo mar
O mar tem as memórias, eu tenho o mar
Infinita dúvida na alma que mergulha
Quando vê a luz do dia a se deformar
Se vive o náufrago, do mar se orgulha
Ah! O universo é tempo e o mar é vida
Aiwass guarda as portas que os ligam
A energia viajante que chega é refletida
Os sabores das chuvas às vinhas irrigam
E é por isso que no vinho a verdade reside