O que eu fiz

Meu destino é repleto de pelejas

Só aguardo em silêncio o finamento

Filosofei sobre o que vi, sobre o que fiz

na minha curta e doce vida

Única forma de ver e sentir as coisas

Construí novas palavras diante

dos novos tempos

Fiz das letras o meu pão e

da arte minha lida

Passeei no espaço livre da discussão

e me enterneci

Comovi-me com a dor humana e

gritei por socorro

Nasci não para viver só

na ilha da solidão

Persegui com clareza na mente

o real sentido da vida

Inquiri a alguém: Vale a pena ser assim?

Argui a outro: O que é a vida?

Pulsações da liberdade me rodearam

Um ensejo de ensimesmar-se

para não ensandecer

E não cair na pantofobia

por causa do existir

Essa é a minha odisséia

que aguça o meu viver