A casa do duende
Números coloridos pintados de vermelho
Brilhavam sorridentes na porta amarela
E pela janela espiava o pândego coelho
Pulando de súbito pôs-se a falar tagarela
Fumegante a xícara de chá sobre a mesa
Palpitante o relógio de pancadas severas
Delirante o Valete beijava a marquesa
Intrigante vozes cantando belas austeras
Lá fora o céu antes turquesa ganha cor de incêndio
E a maré sobe bafejando seu frescor sobre a terra
Nos cabelos da Ondina a lua reflete seu brilho argênteo
A noite caiu, não encontro o duende, a poesia encerra