A casa do duende

Números coloridos pintados de vermelho

Brilhavam sorridentes na porta amarela

E pela janela espiava o pândego coelho

Pulando de súbito pôs-se a falar tagarela

Fumegante a xícara de chá sobre a mesa

Palpitante o relógio de pancadas severas

Delirante o Valete beijava a marquesa

Intrigante vozes cantando belas austeras

Lá fora o céu antes turquesa ganha cor de incêndio

E a maré sobe bafejando seu frescor sobre a terra

Nos cabelos da Ondina a lua reflete seu brilho argênteo

A noite caiu, não encontro o duende, a poesia encerra

Alhosal
Enviado por Alhosal em 23/01/2011
Reeditado em 28/01/2013
Código do texto: T2747241
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