SOU O OUTRO

Eu, não sou eu,

sou o outro,

nado morto,

para as leis,

sem leis,

nem Razão,

desta

civilização.

Vago mudo,

no deserto,

tão perto

e tão longe,

de cosa alguma,

oiço o grito,

que não contém

atrito.

Doenças,

vidas,

sofismas,

perturbações

na mente

e no corpo,

o aleijadinho,

anda torto.

Não me pena,

é mais audaz

e capaz,

do que eu,

que lastimo,

este olhar,

que em mentira,

sói sonhar.

Ah, e a gente!

atrás deixou,

o que lá ficou,

e num golpe

de asa,

é sonho,

que ponho

há Sorte.

Jorge Humberto

25/01/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/01/2011
Código do texto: T2751782
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