Uma viajem nas costas existentes

Eu que andei de braços dados

Com o tempo

Por muito tempo

O tempo todo

Tanto tempo que nem sei mais

Quanto tempo foi

Corri pelos flancos

Nas estradas do destino

Com as pernas de um menino

Que jamais se cansam

Corri nas costas do vento

Em meio a vendavais

Nas ondas do mar

Que de tão alvoroçadas

Pareciam carnavais

Nas costas terrestres

De ponta a ponta

De cabeça tonta

Nas costas do sol

Pergunte que a ele

Que ele te conta

Nas costas da lua

Na pacata madrugada

Que sorria tímida e nua

Mas te dirá

Palavra por palavra

É só perguntar

Nas costa dos relâmpagos

Sempre tão violentos

Foram meus mestres

Ensinaram-me a ser altivo

A ser preciso

A ser atento

E a não contrariar o tempo

Até mesmo nas costas da fé

Pois sempre defendi o amor

Eu sempre faço e falo o que penso

Mesmo triste ou tenso

Mesmo nas garras da dor

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 07/02/2011
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